sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Incerto de Quem Sou




Não sei quem sou. Já quis saber, hoje não desejo mais.

Sou o tudo e o nada. O passado, presente e o futuro. Sou o bem e o mal; O bandido e o herói; À noite e o dia; A doença e a cura.
Sou incapaz de ser tudo o que quero e sou muito além do que nunca desejei ser!
Sinto que se certeza eu tivesse de quem sou, já não seria mais eu. Seria como um robô, criado apenas para executar as funções que lhes foram programadas. Assim, certeza não quero ter!

Prefiro a incerteza de quem sou, acreditar que sou tudo me transporta a ser nada. E essa capacidade de ser o tudo e o nada, me permite ir ainda mais longe, sendo o novo.
Sim, sendo o novo! Sendo um novo ser a cada momento; Sou o que sinto, o que vejo, o que escuto, sou cada desejo que possa ter e também cada medo, sou alegria, tristeza, ódio, amor, saudade, indiferença; Sou sentimento! Sou a convivência, sou cada pessoa, cada características, cada momento. Absorvo fragmentos de tudo e passo a ser um pouco de cada.

Sendo um novo ser a cada amanhecer e um velho ser a cada anoitecer. E fazendo com que o ciclo nunca termine! Que a transição entre o tudo e o nada, o novo e o velho nunca morra e que seja eterna a incerteza de quem sou!

Um comentário:

  1. Fico tão feliz ao ler seus escritos...

    Bem que essa "sina" nossa de escrever sobre nós mesmos podia dar dinheiro né?

    A gente sofre, ama, divulga e não ganhamos nada em troca...
    Pobres de nós poetas amadores...

    Visite-me:
    http://tamaramartinscarvalho.blogspot.com


    Beijão!

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